30 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo | Happy New Year

Chega ao fim mais um ano. Deve ser da idade mas este ano, pela primeira vez, apetece-me olhar para trás, fazer um balanço, olhar para a frente e comprometer-me com alguns objectivos para o próximo ano.
Nós, os portugueses, não temos um dia de acção de graças, temos muitos feriados católicos dedicados a santas e santos, temos a páscoa e a sua via sacra em que nos penitenciamos pelos nossos pecados durante quarenta dias e em que nos comprometemos a sermos melhores pessoas, mas não temos um dia de reflexão para olharmos para o tanto que temos e agradecer (a quem quer que seja).
E se existe palavra que descreve o que sinto quando relembro o ano que passou é mesmo GRATIDÃO.
Foi um ano cheio de coisas boas e claro, também teve as suas coisas menos boas. Foi o primeiro ano em que vivi o ser mãe de duas crianças em pleno, e em que assisti à forma única como elas desenvolveram laços entre elas, e por isso estou grata.
Foi o ano em que casei, com o Homem que conseguiu convercer-me a isso, e só por o ter conseguido merece tudo. Foi também o ano em que pela primeira vez senti o terror de o poder perder e isso fez-me crescer mais um bocadinho e rever as nossas prioridades. Também por isto estou grata.
Foi o ano em que andei de avião pela primeira vez e pela primeira vez estive afastada delas mais de 48 horas, e sobrevivi à distância a senti saudades e ao voltar vi sorrisos enormes e senti abraços apertados. E estou grata por ter tanto amor em mim e à minha volta.
Foi um ano cansativo, com muitas noites mal dormidas, com os nervos à flor da pele porque a Teresa continua a só querer comer quando as luas estão de feição, sempre a medir forças com a Mafalda e a sua teimosia independentista (quem é que me mandou chamá-la Mafalda?!), mas ainda assim foi um ano bom. E por tudo o que aprendi e ensinei estou grata.
Foi um ano em que de tanto me dividir, tudo multipliquei e também por isso estou grata. Ao olhar para trás relembro que em Janeiro tinha nos meus braços um bebé pequenino e que em Dezembro tenho uma bebé maior e linda que anda ao meu lado, que se ri muito e que se derrete quando a mimo, ainda que me consuma com o seu temperamento. Em Janeiro também ainda tinha um bebé grande, de olhos escuros e sorriso aberto e agora tenho uma menina teimosa e esperta, que argumenta tudo e questiona tudo, que fala pelos cotovelos, que tem uma criatividade sem limites, para o bem e para o mal, que faz a cama dela por auto recreação e que gosta de me ajudar.
Estou grata por esta dádiva que a vida me deu de ser mãe, de ter estas duas pessoas pequeninas na minha vida, de as amar e de me sentir amada na mesma proporção. E só isto é suficiente para anular as coisas menos boas que ficaram pelo caminho deste 2011.
Quanto a 2012, o meu desejo é que seja infinitamente melhor, não só para mim mas para todos, e que na impossibilidade de ser um ano melhor que seja pelo menos igual a este que agora termina.
E feito o balanço é altura de pensar no ano que se avisinha e listar as minhas intensões que espero concretizar em objectivos atingidos durante 2012. Para que fique registado em 2012 e quero:
  1. Increver-me como dadora de medula óssea (já ando a adiar hà pelo menos 3 anos)
  2. Levar a mafalda ao teatro e ao cinema (com 4 anos já me parece razoável)
  3. Mudar-me de casa virtual
  4. Retomar o meu Dear Jane
  5. Acabar os 2 quilts que estão em estágio
  6. Não voltar a deixar o Natal ser o Caos que foi este ano:)
Agora a sério, este ultimo mês do ano descontrolou-me as rotinas por completo e o meu principal objectivo para 2012, para além de me inscrever como dadora, é mesmo o de implementar o sistema de organização que tenho estado a desenvolver (em função das nossas necessidades), para poder ter as rotinas controladas e ter sempre um plano de contingência pronto a entrar em acção (sou capricórnio, não se nota?!). Para ver se falha pouca coisa e se me sobra mais tempo para estar com ele e com elas, que são eles que são sentido à vida. O resto é simultâneamente essencial e acessório se é que me entendem.
Um Feliz 2012 para todos.

28 de dezembro de 2011

Crafts de Natal

Nem sei por onde começar :)
Para quem, por norma, começa a preparar o natal entre Julho e Agosto, este ano o natal foi o Caos. Total.
Primeiro porque o que queria fazer este ano não necessitava preparação tão antecipada e depois porque fui pondo projectos em cima de projectos e o Natal parecia-me tão longe ainda, que quando finalmente despertei faltavam menos de 48 horas.
O plano mudou tantas vezes que nem sei se me consigo lembrar de tudo o que fui alterando. Primeiro pensei em frascos de doce e bolachas, depois comecei a fazer o doce e guardei, por razões obvias, as bolachas para o fim. Algures pelo meio tive de organizar o meu casamento, que me deu coisas para fazer até ás 5 da manhã do dia em que casei.
Quando olhei para o calendário estavamos em Novembro e os anos das miúdas à porta, organizar 4 festas em 15 dias tem que se lhe diga. Quando passou a ultima festa já só queria era descansar e parece que alguém me ouviu, porque na altura em que me ia, finalmente, por a preparar o natal, ganhei uma semana de férias no Hospital dos Lusiadas à cebeceira do meu recem marido. 
Susto passado, rotinas no caos, e de volta a casa vi-me grega para voltar a por as coisas em ordem e as prendas de natal por fazer.
Aqui perdi a noção do tempo, o que me acontece com alguma frequencia quando começo a dormir menos do que o razoável.
Ainda assim deixo-vos com o plano possivel.
O plano possivel acabou por ser oferecer bolachas embaladas em latas de leite em pó (da Teresa) que coleccionei o ano todo. As latas, inicialmente na versão A do plano, eram para forrar com tecido de natal, mas não vi nenhum de jeito por cá e achei que a ideia de comprar fora tecidos acabava por encarecer um projecto que se queria simples e económico. Por isso não comprei o tecido e fiquei à espera que me chegasse outra ideia via caldeirão das ideias.
Que chegou de facto em outubro quando me lembrei de pedir à Patricia que me fizesse um conjunto de carimbos que eu podesse usar para estampar um tecido. Já agora aviso que isto dos carimbos tem que se lhe diga de tão viciante que pode ser.
Comprei depois as almofadas de tinta apropriada para tecido e madeira, que para não variar nada, não são assim tão fáceis de achar por cá. O tecido optei por escolher o pano cru, por ser suficientemente grosso para suavisar a superficie irregular das latas (também não percebo porque é que não fazem as latas lisas). Só ficou a faltar o tempo para carimbar os panos e escrever Bolachas.
Algures no decorrer do processo deparei-me com umas receitas de chocolates, tipo lascas de chocolate com vários complementos, no original Chocolate barks (vale a pena pesquisar no google) e achei que davam igualmente um presente bestial e que podia aproveitar as latas também para isto. Não sei se repararam mas em cima do Natal fiz mais uma alteração no plano. Mas continuava sem tempo.
As canetas que usei são também para tecido e resolvi brincar com a com a caligrafia em com as cores para não ter as latas todas iguais. Não que fizesse grande diferença já que não eram todas para a mesma pessoa.
É claro que quando comecei a sobrepor o tecido nas latas cheguei à conclusão que as letras do rótulo se viam e vai daí que tive de as pintar a todas com tinta em spray e senti-me tão rebelde como qualquer graffiter, só que estava na minha cozinha, rodeada de cartões e latas e a pintar tudo de branco.
A sério, valeu-me o sr. administrador ter feito um manguito à troika e ao actual governo desta nossa republica, e ter oferecido a tarde do dia 23 aqui à menina, para ter tempo de fazer qualquer coisinha para oferecer a algumas das pessoas com quem passei a consoada.
Com este sufoco todo consegui fazer 4 latas do principio ao fim, duas com chocolates, as outras com bolachas. Podia ter sido pior mas fiquei a milhas do objectivo inicial. O bom é que nem eu me lembro bem qual era o objectivo.
Ainda assim, temos a crise como desculpa e ninguém leva a mal se este ano não estiver contemplado para receber uma lembrança nossa.
Os pendentes da lista têm a fantástica oportunidade de iniciar uma nova tradição que é a de receberem prendas no dia dos reis, como os espanhóis. Isto se eu ainda tiver cabeça e energia para acabar isto, se não já sabem o que o pai natal vai trazer para o ano!
Claro está que passei o dia 24 a fazer bolachas para enfiar nas latas e entre a Teresa e a Mafalda penduradas em mim e um pai sem saber que mais fazer para as manter entretidas e longe da cozinha, consegui só queimar 2 fornadas de bolachas o que não foi nada mau.
Isto porque enquanto as bolachas iam ao forno e os tabuleiros estavam ocupados eu andei feita louca a embrulhar as prendas para oferecer daí a umas horas.
Quando chegou finalmente a hora de sair de casa eu estava pronta para ir para a cama. Natal é quando o Homem quiser mas é por estas e por outras que só nos apetece o natal uma vez por ano, e geralmente apetece no fim do ano que é para parecer que ainda temos um ano inteiro até voltar a ser natal.
De regresso a casa depois da uma da manhã ainda estive a embrulhar as prendas delas até às 3 e meia da manhã. Valeu-me a TVI estar a dar o Assalto ao Arranha Céus e me ter presenteado com o Bruce Willis quando ele ainda era o Bruce Willis para me aquecer a noite.
Queriam fotos das latas todas bonitinhas não queriam? Também eu. Mas no meio do corre corre ficaram por tirar. Pode ser que as que hão de vir com os reis magos tenham tempo para a sessão fotográfica que este ano o pai natal estava com pressa.
O lado bom deste natal é que tive os meus pais e os meus sogros à mesa tanto na consoada como no dia de natal, o que foi muito bom. Gosto de ter toda a gente junta, e não sou nada dada a separatismos.
As miudas adoraram o Natal, mais a Mafalda claro que estava doida a abrir as prendas dela e as da irmã. A Teresa adorou a confusão e agarrou-se logo a alguns bonecos que recebeu. A minha sobrinha mudou por comlpleto e saiu da asa da timidez e pela primeira vez em dois anos e meio dirigiu-me a palavra.
O meu avô, apesar do imenso cansaço que traz no corpo e do sofrimento que lhe vi nos olhos, estava babado com os bisnetos.
Apesar de tudo foi um natal como deve ser, com a familia, com a casa cheia de crianças e de alegria, com a mesa cheia de doces de natal, e com o sentimento inigualável de pertença.
Para o ano estamos lá outra vez.

6 de dezembro de 2011

Workshop de FIMO


O ano a proximar-se perigoasamente do fim e eu continuo com a sensação de estar atrasada. É que não sei se deram conta mas já estamos em Dezembro...
Ainda em Novembro (parece-me que foi ontem) dei um workshop de Fimo, onde ensinei várias técnicas de construção de canas e outras essencialmente viradas para a elaboração de contas e peças para bijuteria. Foi uma coisa intimista para uma mãe e suas duas filhas, e foi muito gratificante e divertido. Este workshop foi depois complementado com um outro de bijuteria onde lhes ensinei as técnicas base da montagem de peças em materiais comuns.
Estas são as peças que resultaram do workshop.

Back in November i made a private class for a mother and her two doughters learn how to make jewlery out of FIMO modeling clay. After that they had another lesson about how to assembly the parts and the diferent materials. Here is some of what they've learned.
Aqui estão algumas das contruções que elas fizeram. And some work made.
  


25 de novembro de 2011

O Ballet

A outra não tão nova novidade é que este ano a Mafalda começou a ter aulas de ballet. Bem, ela não é muito de usar cor de rosa da cabeça aos pés e esse foi o primeiro choque porque a professora mandou comprar tudo cor de rosa. Quando fui com ela comprar o equipamento ela viu que havia as mesmas coisas em azul, e melhor ainda, em preto e não percebeu porque teria de levar tudo em rosa e acho que ficou um bocadinho chateada com a professora. Talvez por isso nas primeiras aulas se tenha recusado a fazer as coisas que a professora a mandou fazer. Eu também detesto aquele rosa bebé, especialmente se for para vestir da cabeça aos pés e então acabei por comprar um branco e com um resto de umas tintas de tingir que me sobraram deste projecto, pintei-o de cor de rosa mais bonito, mais nosso.

This school year Mafalda is attending ballet classes. Her teacher requested all material in pink and Mafalda in not a pinky girl. When we went shopping she saw the same equipment in blue and in black and it was hard to convince her that this time it really had to be pale pink. Maybe this is the reason for her bad attitude in her first ballet classes! Anyway i didn't like it in pale pink so i bought it in white and use some die paint leftovers from this project and made the white into buble gum pink! This color we both like!
Eu não sou grande fã de bellet mas acho sinceramente que a disciplina e o rigor associados ao ballet são construtivos e na personalidade dela podem ser uma certa ajuda para ela moderar e aprender a controlar certos impulsos que tem. Além do mais desde que foi para esta escola que a sala dela tem três vezes mais rapazes do que raparigas (e ela escolheu o mais pequenino e franzino deles todos para namorado!) e assim tenho a sensação (falsa?) que as coisas ficam mais equilibradas.
Isto tudo para dizer que.... adivinhem.... fiz um.... SACO! Pois claro, what else?
Saco para o ballet, forrado, fecha com fita de velcro e lá para tudo incluindo um casaquinho maricas que a professora pediu.
I never had bellet classes and honestly I'm not a great fan of ballet, but i do belive that Mafalda, beeing has she is, will benefict a lot from all the discipline, concentration and dedication that ballet will demand of her. And since she is at this school her classes always have more boys than girls so this way i think i'm balancing things!
Going strait to the point: I made her a ballet bag, what else!? Inside fabrics are cordinated with outside fabric and has a velcro stripe for closing. It fits all her needs for ballet classes including a litle warm jacket that her teacher demanded.
O tecido de fora foi um dos primeiros que comprei nesta aventura da costura e tem estado guardado à espera do projecto certo. Desde que a Mafalda começou a mexer nas minhas coisas e nos meus panos, este tem sido um dos seus tecidos preferidos e por várias vezes dei com ele no quarto dela a servir de envolvimento às brincadeiras dela. Assim que lhe falei no saco ela disse-me logo que queria este tecido e assim nasceu o saco.
The outside fabric is one of the first fabrics i ever bought and Mafalda has been in love with it ever since. So when i told her i was making a new bag she imediatly choose this one. This is the result:

23 de novembro de 2011

O saco da Marmita

A meio do mês de setembro (lá estou eu a tentar por a escrita em dia!) a Mafalda chegou a casa e disse-me que queria passar a levar o almoço de casa para a escola. Nunca se tinha queixado do almoço na escola, e tanto quanto sei ela sempre comeu bem. Mas havia um colega que levava a comida para a escola e ela pareceu achar graça à rotina, diferente da dos meninos que comem a comida da escola.
Não estava muito convencida que a decisão fosse durar mas, com esta minha filha, quando ela diz é para escrever, e assim, depois de passar o resto do mês a perguntar se já era amanhã que ia levar o almoço para a escola, lá chegou o mês de Outubro e lá ela passou a levar o almoço para a escola.
Já estão a imaginar o que se segue, certo? Claro, mais uma boa desculpa para inventar qualquer coisa, e desta vez foi o saco da marmita. É feito em tecido plástico e o interior é igualmente impermeável e com uma camada de isolamento. Fecha com velcro porque achei que um fecho era demais já que de casa à escola são pouco mais de 5 minutos e uma vez lá o saco vai directamente para o frigorifico. Além do mais assim simplifica-me também o processo de por e tirar as caixas plásticas e é mais fácil de limpar no fim do dia. Agora sai de casa toda contente com o saco do almoço e quando chega a casa, quase todos os dias me diz que o almoço estava muito bom. Tão bom de ouvir...
Back in September Mafalda decided she wanted to take her homemade lunch to scholl instead of eating the lunch made in school. We never had problems with any school meal but i think she liked the idea of bringing her own thing to school, so in Ouctober she start to bring her lunch to school. And I had another perfect excuse to sew something for her! I made her a lunch bag with coated fabric and a Velcro stripe to close the bag. I decided not to sew a zipper because our drive to school is no longer than 10 minutes and once she is in school her lunch goes right away to the fridge. And this way is easier to clean and to use.
Now she leaves our house every school day proudly carrying her lunch bag and most of the days she cames home and says the lunch was delicious. So good to hear!

18 de novembro de 2011

O saco de dormir

Estou em divida com vocês. Com tudo isto do casamento parece que não fiz mais nada a não ser preparar um casamento, mas não é verdade.
Ainda antes dos preparativos, ou no meio deles, nem sei bem, fiz um saco para a Teresa dormir. Mas um saco mais leve e menos quente para usar em dias não tão frios. Isto porque há um gene no meu código genético que passou para elas, e pelos vistos é dominante na familia, e igualmente presente em gerações anteriores, que impede as crianças de permenecerem tapadas por mais de 10 segundos.
Como os que tenho da Mafalda são muito quentes achei que era capaz de fazer um e apesar de algumas aldrabices a coisa lá se fez. O modelo começou por um da Simplicity mas acabei por não o achar assim tão adequado e mudei-o um bocado.
O exterior é feito de um algodão cruzado muito macio e tem um tom de verde que adorei. A parte de dentro é de flanela. Fiz a aplicação do pássaro com a mesma flanela e fitas de seda.
I am indebted to you. With all this wedding posts seems that I did nothing but to prepare a wedding, but it is not true. Even before the preparations, or in the middle of them do not even know, I made a sleeping bag for Teresa. But a bag lighter and cooler to use in not so cold nights. This is because there is a gene in my genetic code that passed to both of them, and apparently is dominant in the family, and also present in previous generations, which prevents children from keep inside the bed blankets for more than 10 seconds.
the ones I used when Mafalda was a baby are very hot so, I thought I might be able to make one, it sure isn't perfect but at least it's done. The model was initially a Simplicity Pattern but i didn't find it  appropriate so I changed it a bit.
The exterior fabric is cotton and has a very lovely shade of green. The inside is flannel. I made the application of the bird with flannel and silk ribbons.
O resultado foi este:
This is the result:
Mais detalhes:
More details:
 

15 de novembro de 2011

O primeiro

Comemoramos pela primeira vez o teu aniversário. Não estranhaste porque ainda à dias foi a vez da tua irmã, por isso a agitação, as luzes apagadas e as velas acesas não te meteram medo. Esboçaste mesmo um sorriso quando percebeste que era para ti que a tua familia cantava e quando, por fim venceste a timidez, olhaste bem para cada um deles a cantar e a sorrir de olhos postos em ti. Quiseste agarrar a chama da vela, porque te intrigou. Nisso sais a mim.
Não achaste grande graça aos embrulhos, mas como tens de ser diferente em tudo, achaste mesmo graça ao que estava dentro dos embrulhos. Quando desembrulhaste a prenda que a madrinha da tua irmã te ofereceu, olhaste para trás, e de olhos nos meus olhos abriste um sorriso bestial. Só podemos tentar adivinhar o que te passou na cabeça, mas acredita que este momento ficará para sempre em mim.
Com um ano és absolutamente diferente da tua irmã, a única coisa em que são iguais é na rapidez com que quiseram andar e tu já andas bem, apesar de não te quereres aventurar a andar sozinha. Não és particularmente mariquinhas embora sejas mais mimalha que a tua irmã, mas não és de grandes aventuras, excepto quando te atiras da cama.
Vocalizas muito mas, talvez por não teres dentes (para além dessa coisinha que não tem pressa para crescer), não tens ainda vocábulos especificos. Mas não é por isso que não te entendemos. Também me parece que não tens grande pressa para falar porque toda a gente te entende mesmo sem palavras, e só quando estás mesmo aflita é que atiras um mamã.
Ainda assim estás sempre a palrar, e no carro cantas com o rádio. Na outra noite acordaste a meio da noite, e por acaso calhou a tua irmã ter um pesadelo e chorar no quarto ao lado. Ficaste aflita e fizeste aquele som de quem está a chamar e a perguntar ao mesmo tempo. Fui ter com a Mafalda e enquanto a acalmava ainda te ouvia a chamar por ela. Fiquei com as lágrimas nos olhos e apeteceu-me apertar-vos bem contra mim e ficar assim para sempre.
Começas a ter ciúmes da tua irmã (e não ao contrário!) embora ela não se aperceba porque está sempre nas excitações dela. Mas eu vejo a forma como tu a vais empurrando quando ela se vem agarrar a mim, e a tua expressão quando ela vem para o meu colo ou me abraça.
Para ti eu sou o teu mundo, e fazes questão de me mostrar que é assim. Continuas a ter a expressão mais doce quando te mimo, e quando te dou beijinhos fechas os olhos e sorris, sempre foi assim.
Não tens medo da água e achas graça ao chuveiro, tentas com as tuas mãos apanhar a água que sai tão direitinha de lá, mas por uma razão que tu não entendes, a água muda de forma e escorrega, e deixa rapidamente de ser como tu a vês.
Estás a deixar de ser bebé e vou dizer-te que isso me assusta um bocadinho, mas por outro lado, tenho muita curiosidade de te ver crescer, pela amostra vai bem valer a pena.

13 de novembro de 2011

4 anos

E assim se passam 4 anos desde que te vi, toquei e cheirei pela primeira vez. Estás grande e segura, és decidida e independente mas meiga como só tu sabes ser. És teimosa e persistente, o que me dá conta do juízo e me faz ralhar muito mas mesmo muito mais do que queria, embora tenha para mim que seres assim vai-te poupar muitos dissabores pela vida fora.
Este ano tiveste direito a 2 festas e pela primeira vez tiveste as tuas amigas cá em casa para brincarem contigo.
Ainda vais ter outra festa, uma muito grande com muita gente como tu gostas, mas só depois da tua irmã fazer anos.
Pela primeira vez este ano as tuas professoras queixaram-se de ti e da forma como tu lhes respondes quando te dizem para fazeres alguma coisa que não queres. Conversei contigo a sério, com alguma preocupação, e uns dias depois disseste-me que se a Vera falasse comigo diria que te portaste muito bem na escola. Fiquei mais descansada, mais não seja pelo facto de teres percebido que o teu comportamento não estava correcto.
Continuas a ser uma criança social e tudo parece girar à tua volta, desde os mais pequeninos aos maiores. Tens um magnetismo próprio e isso é por definição fascinante.
Este ano fiz-te um bolo de gelatina e disse-te que tinha escondido o arco iris dentro dele. Quando o viste ficaste siderada. O que me fez feliz. 
Para a tua festa com as amigas preparei-te um bolo de gomas que te deixou igualmente fora de ti, e fizeste qestão de dizer a todos que tinha sido eu a fazê-lo para ti. É bom sentir que estas pequenas coisas ainda têm sentido para ti, e que lhes dás valor nesse teu jeito de ser. Faz valer o trabalho que dá.

E por fim cantamos os parabéns no bolo de chocolate que fizeste questão de ter. Ainda nos falta uma festa mas o meu coração fica um bocadinho apertado só de pensar que para o ano já são 5...

31 de outubro de 2011

Do dia do Casamento

Finalmente chegamos ao dia! Havia tanto para contar que se me deixasse ficar por aqui a escrever sobre o dia do meu casamento o mais provável era ganharmos todos raízes, por isso vou tentar focar-me naquilo que sei que vocês querem saber e ver.
De todas as coisas que me disseram sobre o dia do casamento retenho uma que é uma verdade absoluta: o dia passa a correr, e tirando o almoço que estive sentada à mesa não comi quase mais nada, e quando voltei a comer já foi depois de abrir o bolo. Sempre pensei que isto era um bocado exagerado mas de facto não é, para se poder viver o dia intensamente tem mesmo de ser assim.
Então vamos lá a isto:
Eu e as marias em casa. Vestidos: Cristina Lopes. A experiência de mandar fazer o vestido de noiva é verdadeiramente gratificante. Não sei bem como explicar isto sem soar a estranho mas desde que me lembro de mim que sempre disse que não me casava com ninguém. NINGUÉM mesmo. A ideia do vestido suspiro e das lágrimas ao canto do olho e da histeria toda, não são para mim. Vai daí que aqueles vestidos de noiva tradicionais com saias em tamanho lisboa-porto cheios de branco-branco, branco-pérola, branco-sujo, branco qualquer coisa, não combinam comigo. Nem vestidos de cerimónia em versão de acompanhente vestidos em noivas, também não resulta. Por isso nem vi colecções nem lojas de vestidos nem coisa nenhuma. Liguei para a Cristina, que é um amor e marquei com ela. Ela entendeu o que eu queria e mostrou-me várias coisas para ver com quais eu me sentia melhor. Eu fui mais longe e escolhi o roxo. Pensei, toda a minha vida fui abençoada com o roxo, sinto-me bem com esta cor, gosto dela e faz-me feliz, porque é que não me havia de casar de roxo? Pois claro!
Para as miudas uma versão ligeira do meu vestido, confortável e fresco e elas estavam verdadeiramente adoráveis. O meu bouquet tanbém foi feito a condizer, à semelhança dos bouquets das damas de honor.
O cabelo e a maquiagem foi obra da Companhia das Noivas. A travessa do cabelo fui eu que fiz e os ganchos também. Como não tinha sono estive até às 5 da manhã da noite anterior a fazer isto e o fio e a pulseira que usei.
Elas estiveram sempre bem dispostas. Acho que não era dificil, os papás estavam super felizes e toda a gente à volta também. A Teresa aguentou-se lindamente, sem birras nem fitas, dormiu quando teve sono, comeu lindamente e derreteu corações com os seus sorrisos magnificos.
 Já a Mafalda esteve noutra festa, a do insuflável que fizemos questão de ter. Afinal tinhamos quase 20 crianças no casamento, valeu bem a pena o investimento porque elas estiveram sempre entretidas e bem dispostas e os pais poderam aproveitar a festa sem preocupações e sem stress com crianças birrentas e amuadas.
 O meu bolo de noiva! Ok, sem grandes histerias, não perdi muito tempo a pensar nisso nem tão pouco tinha uma ideia formada sobre o assunto por isso acabei por ver um bolo do Cake Boss, semelhante a este e achei graça. Foi este mas podia muito bem ter sido outro. Quanto ao sabor isso sim! Bolo de chocolate com recheio de frutos silvestres, BOM!
 A diversão foi até tarde e foi muito bom poder ter as minhas filhas por perto para poder partilhar este dia com elas. Se tivesse a certeza que ia ter mais filhos tinha adiado o casamento só para os poder ter a todos comigo neste dia :)
A Mafalda estava super excitada com o casamento e foi impagável ver toda a alegria dela no decorrer destre processo. É claro que a coisa de levar as alianças não correu bem, mas isso já todos sabiamos que não ia correr, mas é assim que tem graça e é mais uma história que fica para contar aos meus netos!
Mas o melhor de tudo foi que este dia foi intensamente vivido por nós dois. E isso supreendeu-me porque sempre achei que isto do casamento era coisa de gaja, e que não seria vivido tão intensamente e com tanta dedicação por ele. Mas felizmente enganei-me, bem, ele também sempre fez questão de casar por isso...
Não foi o melhor dia da minha vida, mas foi certamente um dos melhores dias da minha vida, cheio de momentos bons, de alegria, boa disposição e muita muita felicidade para recordar.
E depois há aquela sensação de ter finalmente chegado a casa, não sei se me entendem...

28 de outubro de 2011

Ainda da Lua de Mel mas na versão portuguesa

Depois de regressarmos da Menorca estivemos dois dias em casa para matar as saudades das miúdas e depois apontámos a bussúla para o Alentejo. Somos os dois apaixonados pelo Altentejo, creio que em parte também por ligações familiares aquelas terras.
Fomos directos a Estremoz, onde ficámos no Monte dos Pensamentos, que é uma quinta de turismo rural muito calma e pacata, sem horários rigidos e com um jardim lindo, onde passamos parte das tardes. A piscina também é acolhedora embora estivesse já pouco quente para banhos.
After returning from Menorca we went home for 2 days to see the girls and them we headed to Alentejo region. We're both passionate of Altentejo, I think partly because we have family ancesters from there.
We went to Estremoz, where we stayed at Mount of Thoughts, which is very calm and quiet, with no set hours and a beautiful garden, where we spent part of the afternoon. 
No nosso quarto estava este quadro, um anuncio vintage das linhas Coats! Nem de propósito :) 
In hour bedroom we had this portrait of an old vintage Coats Thread add.
Aproveitamos estes ultimos dias para passear mais, visitamos Evoramonte, Vila Viçosa e Elvas. Não, não fomos a Badajoz mas estivemos perto, optamos por ir espreitar Olivença e ver a antiga ponte da Ajuda, e aprender um pouco mais da nossa história e da defesa da nossa fronteira.
De regresso fomos visitar Arraiolos, onde nunca tinha estado. Bonito é este monumento às bordadeiras dos tapetes de Arraiolos e aos tapetes que das suas mãos nascem.
In these last days we visit Evoramonte, Évora and Elvas. No, we cross the border to Spain but not to Badajoz instead we decided to to Olivença and see the old Help bridge (the bridje has the same name of the village where she used to be, in portuguese is Ajuda), and learn more about our history and defense of our borders and of our nation.
In the return we went to visit Arraiolos, I city where I have never been. Beautiful is this monument to the embroiderers of  Arraiolos needlepoint and to the rugs that are born of their hands.
Não estava de todo nos meus planos, essencialmente porque não sou pessoa de tapetes, nunca fui e continuo a ter péssima impressão sobre tapetes. E ainda menos porque, passar anos a bordar um tapete para que outros lhe ponham os pés sem respeito pelo trabalho que ali está, dá-me comichão no mau feitio... Mas não resisti mesmo e comprei não um tapete feito mas... adivinhem... um kit para fazer um tapete de arraiolos, um tapetinho... coisa pequenina... só tem 1,5x0,9m... pequenino... Mas vá, foi o marido que escolheu por isso tenho desculpa certo?
It wasn't on my plans but I end up Buying a kit to make an Arraiolos carpet for me. It's has all the meterial needed to make a carpet with 1,5x0,9meters. I know i have a lot of things to make but my this was choosen by my usband, so it makes it ok, right? 
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