29 de junho de 2011

Da Transição e sua madrinha Instabilidade

Não gosto de coisas de transição. Nunca gostei. Nunca tive relações de transição, nem nunca me permiti estar em transição para o que quer que seja, não fiz periodos de transição com a entrada da Mafalda na escola nem com a Teresa na avó.
Gosto de mudanças, isso gosto. Gosto de mudanças que se fazem com o passo firme ainda que com alguma desconfiança do que nos espera mais à frente. Acredito que só a mudança tem força para nos mudar com o empenho que a própria mudança implica.
E ando desconfortável porque o país está mais do que em mudança, em transição. Estamos algures no meio do caminho entre cá e lá, entre o antes e o depois e não chegamos a lado nenhum.
Não gosto. E tenho muita dificuldade em me gerir assim.
A começar pelo trabalho. Já começo a ter alguma dificuldade em lidar com a histeria quase colectiva que se instalou e que parece ser cada vez mais alimentada por todos.
Não sou funcionária pública mas sou funcionária de uma empresa participada pelo estado. Mais, uma empresa em que o único accionista é o estado. E se já era mau termos por cá os senhores da troika a ensinar-nos o padre nosso, ainda pior é ter um conselho de administração que está de saída, já que o senhor Paços Coelho convenceu a maioria do eleitorado português.
Não sei trabalhar assim. Esta cultura portuguesa de esperar para ver e depois decidir leva-me ao limiar da loucura. E se por um lado é a própria administração a dizer que mantem-se em funções (activas) até ao fim, por outro parece que os directores não levam isto a sério e adoptam uma postura de "sim senhor" mas por trás adoptam a outra de "é melhor esperar para ver".
Acontece que eu preciso que alguém (de preferência alguém que seja bem pago para isso) tome decisões. O meu trabalho depende disso. E ao que parece estamos na fase da moeda, de um lado temos a cara e do outro temos a coroa. E preciso comprometimento de todas as partes, e como é sabido vivemos tempos em que achar alguém que se queira comprometer é ainda mais dificil do que encontrar Nª Srª de Fátima num Domingo no cimo de um monte.
Depois de uma semana (quase non-stop) reunida com o Conselho de Administração e com os Directores só me vem à cabeça que preciso de gritar.
E eu que até sou uma tipa calma dei por mim a ter de levantar a voz (só um bocadinho :-)) para o meu Director e para o Sr. Presidente do Conselho de Administração.
Os tempos são dificeis, é certo que sim. Mas se é para levarmos todos a paulada, para quê tanto secretismo com esta coisa das medidas de austeridade? Será que a primeira medida de austeridade passa pelo terrorismo emocional dos cidadãos? Seremos nós mais produtivos na dúvida e na incerteza? Encontraremos nós mais motivações para realizarmos as nossas tarefas com todo o nosso potencial por sermos hora sim hora sim assediados com a bandeirola da austeridade.
É sabido que é necessário cortar despesa. Bato palmas, já o deviamos ter feito à muito tempo e se me tivessem ouvido, da minha parte a empresa tinha poupado uns milhares de euros. Se resolvia? não, mas também não prejudicava. Até aqui a coisa tem sido pacifica, reduzimos os consumos, reduzimos aqui, reduzimos ali, reduzimos onde podemos até chegar a tal ordem da medida XPTO do Plano de austeridade do governo com a adenda XYZ do plano da troika, e chegarmos de vez ao corte de projectos e de despesas com o pessoal.
Mas até chegarmos lá eu preciso que por aqui se continue a trabalhar no hoje, aqui e agora.
Por isso digo que não gosto de transição. Preferia mil vezes ter já a nova administração e lidar com ela do que continuar neste sistema. Até porque já não consigo mais ouvir alguém a dizer-me: "bem... isso vamos ter de esperar para ver..."
Troca-se período de transição e incerteza por período de mudança e confiança. Alguém tem?

27 de junho de 2011

O Drama da Sopa - Os episódios seguintes

Depois do puré de feijão branco com pato foi a degustar o puré de batata com coelho, muito mais insipido do que o anterior. Resultados:
Round 3: Comeu metade da dose (70ml) entre protestos e tentativas de mandar a coisa fora.
Round 4: Comeu a dose toda sem protesto e ainda metade da papa de fruta (maçã, papaia e meio petit bledine natural)
De volta ao feijão com o pato a coisa regrediu. Resultado:
Round 5: se engoliu 30ml da coisa foi muito, mas em compensação marchou a papa de fruta quase toda.
Nos entretantos resolvi ser só eu a dar-lhe o comer. Normalmente esta refeição é dada pelo pai, por um lado porque achamos importante que os dois possam partilhar o momento da refeição, já que é a unica do dia em que ele está presente, e depois porque me liberta para os banhos da Mafalda e o nosso jantar.
Mas com toda esta relutância dela, e depois da consulta na pediatra, tenho tentado estar mais com ela. Não sei se ajuda ou não, porque a papa ela também a come lindamente se for o pai a dar-lhe.
Estou a mudar as variáveis para ver se acerto no resultado da equação.
Juro que quando ela nasceu, com aqueles 3600gr lindos, eu ainda acreditei que a cria fosse boa para comer. Mas assim que percebi que ela estava a perder peso (e perdeu quase 500gr) no hospital e que mamava muito pouco comecei logo a desconfiar que a menina é fina.
Preciso de muita paciência e muita vibração em modo Zen...

22 de junho de 2011

O drama da sopa...

A T. começou a comer sopa aos 4 meses. Tinha o peso no percentil 25 (ainda tem) e o perimetro cefálico algures entre o 5 e o 10. A pediatra não gostou dos indicadores embora a criança estivesse optima e mais esperta do que uma alface acabada de colher.
Começamos as sopas. Batata, cenoura e cebola. Não foi um espanto mas foi andando.
Pouco depois a T. começou a tossir muito sempre que lhe davamos a sopa, tossia no decorrer da refeição, espirrava e tossia até mais não e depois vomitava.
Vomitou quase todas as vezes, a maior parte delas com a sopa e algumas, não tantas, com a papa.
Aos 5 meses continuava com o peso no 25, embora o comprimento esteja sempre no 90. A médica continua sem gostar e manda duas refeições de sopa e fruta por dia.
Fruta a T ainda gosta menos, seja cosida ou crua. Não vai. A sopa continua a ser vomitada quase refeição sim.
A mãe (eu) zanga-se e entra em stress. Afinal que mãe é que gosta de ver a sua criança a vomitar constantemente as refeições?
Relutante passa ao plano B. Sopa no biberon. A T vê o biberon e manda-se à coisa com unhas e dentes... até perceber que não tem leite. Nada feito, nem mais uma gota.
Passam uns dias e a mãe, ainda em desespero que as mães são, por definição, de desespero fácil (pobres pais), resolve misturar a sopa no leite. Resulta a primeia vez porque a T estava esganada de fome. Depois já não resulta, mesmo cheia de fome não come e chora até adormecer de cansaço.
A mãe desiste por tempo indeterminado e passa directamente às papas. A T estava a ficar magrinha (ainda bem que a pediatra não a viu neste intervalo) Passamos a duas refeições de papa, uma de iogurte com bolacha e fruta que de tão escondida ela come bem, e uma de leite.
Não houve mais tosse, nem espirros, nem vómitos. Bebé feliz e de barriguinha cheia, sorridente mas sem dentes, e simpático como só ela pode ser. Mãe feliz, passa o desespero e o pai já pode respirar de alivio que a mãe voltou a ser o bichinho afável de sempre.
Consulta dos 7 meses na pediatra. O pânico! Bebé não pode estar só com proteína do leite. Bebé com peso no percentil 25 e comprimento no percentil 90, que se senta sozinha e quase que se põe em pé, que rebola e se chateia porque por mais que mexa as pernas e os braços ainda não vai a lado nenhum, mas que não tem um único dente, não pode beber só leite.
A mãe explica que bebé não come. Bebé fecha a boca e não abre mais, bebé chora muito, bebé vomita tudo se insistimos. Pediatra não entende que bebé tem vontade própria. Não há como abrir aquela boca nem como deixar ficar a sopa no estomago. Pediatra não quer saber se eu, mãe, consigo assistir impávida e serena ao espectaculo de ver o meu bebé a vomitar toda a sopa que lhe enfio na boca.
Base de entendimento: nada de sopa. Puré de qualquer coisa com carne (boa! isso se ela abrir a boca)
Primeira tentativa: puré de feijão branco com carne (pato)
round 1: entrou metade do prato; saiu tudo o que entrou e ainda (sim e ainda!) um bocado do leite do lanche!
round 2: entrou quase todo o prato; não saiu nada.

Fiquem por favor ligados para as cenas dos próximos episódios. E se por acaso se cruzarem comigo e acharem que o meu cabelo está ligeiramente mais claro fiquem a saber que pode muito bem ser do sol, e não terá nada a ver com o facto desta minha filha se recusar a ser um bebé comilão como a irmã. 

Pensamento do dia...

16 de junho de 2011

Workshop de FIMO para Bijuteria LISBOA TELHEIRAS

Sábado, dia 18 vai decorrer em Telheiras um workshop de iniciação ao FIMO para bijuteria.
Quem estiver interessado pode mandar-me um mail.
É promovido por uma loja em telheiras e é o primeiro numa fase de arranque, mas vale a pena porque as pessoas são muito simpáticas e nesta loja vão encontrar todos os materiais de que precisam para fazerem muitas coisas.
A foto é daqui 

9 de junho de 2011

É Oficial

É oficial, sou noiva e de Outubro!
I'm getting married in October!

7 de junho de 2011

O mesmo estilo mas num registo diferente

Não sou dada aos ballets, nem aos cor-de-rosas sem fim. Mas a mãe da Catarina gosta de ballet, gosta muito de ballet, e creio que gostaria muito de ver a pequena Catarina, em grande, a ser uma grande bailarina. Pode ser que sejam também esses os planos da Catarina e do poder criador. Veremos.
Até lá fica uma T-shirt pintada com uma bailarina para a pequena Catarina.
O desafio foi grande, primeiro achar o desenho certo e depois fazê-lo resultar numa t-shirt para uma menina tão pequenina.
Deu para me surpreender a mim própria e apesar do imenso cor de rosa, ficou linda.

6 de junho de 2011

Ainda nas tintas

Estou quase a acabar o stock de t-shirts para as meninas, minhas e de outras mães.
Esta é para a Carolina mas ela ainda não sabe, nem a mãe dela.
Espero que gostem. Eu adorei o resultado e ficou mesmo como eu a idealizei.
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