Fraldas, Canetas de Feltro, Criatividade e... Body Painting

Foi uma tarde boa a de ontem. Depois de uma semana tão agitada como esta soube muito bem a brincadeira. Ontem foi dia de desenhar. Expressão artistica livre! Livre no papel, na mesa, no chão e devagrinho evoluimos para telas bem mais interessantes: primeito as pernas (que estavam mais a jeito) depois a cabeça dos dedos, as palmas das mãos vieram com o entusiasmo e depois a cara e a lingua!

E depois um grande banho desta vez com muita calma porque o dia estava tão quente que não havia frio para se apanhar.
E depois do soninho foi tempo da mamã acabar mais umas fraldas. Esta ainda para a bebé Beatriz!

As 3 que se seguem são para um primo em 3º grau que vai nescer em Agosto (meu deus tanta criança este ano!)

As da Bebé Carolina estão na forja. Em breve muitas mais para mostrar!

Leituras #1

Excelente!

Já me estava a fazer falta um bom livro e passou tempo demais desde o ultimo saramago que li.

É talvez o mais polémico escritor português e admiro-o pela sua capacidade de ser autêntico e verdadeiro nas suas convições.

Ouço dizer muitas vezes que saramago é dificil de ler.

Para mim saramago é como o vinho tinto. Aprende-se a gostar, e uma vez lá é impossível viver sem a sua presença.

A sua capacidade de imaginação é genuina e faz-nos viajar em mundos que têm tanto de plausiveis como de fantásticos.

Esta viagem do elefante não é excepção. É um romance histórico passado no reinado de carlos I, que resolve oferecer ao seu cunhado, maximiano o arquiduque da aústria o elefante salomão trazido dois anos antes da india.

A viagem inicia-se em Lisboa, com o elefante salomão e o seu cornaca (tratador do elefante) de seu nome subhro, e acaba em Viena com muitos acidentes de percurso e uma mudança de nome: salomão passa a solimão e subhro a fritz.

É delicioso e lê-se lindamente. Não dei por falta de virgulas nem de pontos nem de nada disso. Mas se calhar é de eu ser assim um bocadinho para o acelerada e ler tão depressa como falo.

Este não fica aquém dos outros saramagos que já li: ensaio sobre a cegueira, evangelho segundo jesus cristo e memorial do convento.

Sendo que este ultimo é de todos o meus preferido. A história da blimunda sete sois e do baltazar sete luas é linda, fugindo sempre à vulgaridade das histórias de amor.

Diria mesmo que é a melhor história de amor que li até hoje mas tenho de admitir que compete por esse lugar com a história do amor em tempos de cólera do senhor Garcia Marquez.

Já chegaram!

Os tecidos para o Quilt da bebé Beatriz chegaram hoje! Vieram daqui e foi super rápido. Correu tudo lindamente, sem contratempos nem outras situações menos simpáticas.

É a segunda vez que compro materiais pela internet e noutros países. Até aqui não tenho qualquer razão de queixa. Estou a arranjar coragem para testar compras fora da UE.

Adorei os tecidos. Agora é só lavar e por em prática esta ideia!

Baby Quilt - New Project!

Ando virada para os Quilts. Depois de ter explorado várias técnicas nos bordados, ando agora a desvendar os mistérios dos Quilts.

Já aqui vos mostrei um que está em construção, que eu chamei Summer Charm Quilt, mas agora saiu outra ideia do caldeirão das ideias.

Queria fazer uma mantinha para a prima Beatriz, mas já desde Março que ando às voltas a tentar imaginar algo diferente do que habitualmente faço. Tendencialmente acho que teria optado por uma mantinha de lã, ou de polar como esta que fiz para o Eduardo. Só que a Beatriz vai nascer no verão e não creio que, com todo o mau tempo que possa estar, as temperaturas justifiquem tamanhos agasalhos.

Como a Mafalda nasceu no outono e o Eduardo no finalmente do verão, as escolhas foram mais facilitadas e agora com a Beatriz não sabia ao certo o que havia de fazer.

Depois entrei nistos dos Quilts e pensei, porque não? Mas, e os tecidos certos? Tudo o que se vê por aqui já está gasto, e os tecidos importados são caros de mais para tornar um projecto viável. Estive a ver no Etsy milhares de tecidos japoneses, que simplesmente adorei. E na mesma os de designers conhecidos como os da Amy Buttler, mas não me consegui convencer. Há a questão das alfandegas e das taxas, e mais os portes que cada um cobra como entende. Desisti por completo.

E foi então que numa ultima tentativa acabei por encontrar esta loja online dentro da UE (sem mais impostos nem alfandegas nem complicações!). O site está em inglês, os tecidos não são dos mais giros que vi mas a verdade é que são bastante diferentes de todos os outros que tenho visto, e os portes são super em conta. Dá para acreditar que não chegaram a 4 euros?!

Os preços dos tecidos também não são dos piores que vi e tem a grande vantagem de podermos escolher como queremos o corte. A unidade mais pequena é o quarto de metro que pode ser comprado numa faixa de 25cm por 110 ou em quadrados de 50x56cm.

Para quem gosta das ilustrações da Beatrix Potter, existem alguns tecidos muito bonitos.

A verdade é que encontrei uns tecidos que fizeram saltar a ideia do caldeirão das ideias e agora é só concretizar (assim que os tecidos chegarem!).

O projecto é mais ou menos este. Tentei pô-lo em papel para não deixar fugir a ideia mas sei que a forma como ele existe na minha cabeça é diferente e substâncialmente mais bonito que a imagem que aqui vos deixo. O giro disto é ainda não ter o material e conseguir visualizar o resultado final na minha cabeça. Por isso sei que vai ficar um espanto. O acolchoado em principio será largo para deixar o Quilt mais suave e fácil de aconchegar a bebé. Mas ainda não pensei bem se vou fugir da variação dos quadrados e aventurar-me em algo mais complexo. Optei por muito branco porque é um Quilt que vai ser usado (espero eu) no verão, o que o torna mais claro e ligeiro. Também são tecidos com cores muito fortes e creio que tudo condensado ficaria demasiado pesado para um recém-nascido. Também não quis encher tudo de cor de rosa por isso fiz esta escolha. Espero mesmo que o resultado final fique igual ao que eu tenho na minha cabeça. Mas vai ficar!

Ainda no caldeirão das ideias está um Quilt para a Mafalda. Melhor dizendo, dois. Um para ela ter de recordação (ou não) feito com as roupas dela pequenina. Vou aproveitar os babygrows que ficaram mais usados para isto. Acho que é uma ideia com muito sentido e que fica para sempre com eles. O outro é um Quilt para a cama dela, em tons dominantes de vermelho e rosa.

Ideias não vão faltando. Felizmente!

Coisas de mãe babada...

Ontem, depois de um período atribulado, lá conseguimos voltar à escola. Este mês a Mafalda ainda não tinha ido à escola por isso a prenda que ela tinha feito para me oferecer no dia da mãe só chegou ontem. E está simplesmente linda! É uma pulseira de madeira com umas flores pintadas com os dedos dela e um cartão com a mãozinha dela e um coração no meio. A ideia está um máximo!

E ontem tiveram outro projecto de arte. Desta vez um chapéu de papel que ela pintou com muito empenho. Deviam ter visto o ar de satisfação dela quando me mostrou o chapéu!

Quanto mais tempo passa mais eu me perco de amores... E quando penso que não é possivel gostar mais desta coisinha boa, zás, lá o sentimento cresce mais um bocadinho!

One Year Ago - Hei! We survived!

Faz hoje um ano. Era assim que tu eras. Já tinhas este olhar que te caracteriza, de quem confia desconfiando. Estavas na descoberta dos sabores e comer de colher era ainda uma aventura.

Estavam a nascer-te os primeiros dentes. Na verdade aqui já tinhas os dois de baixo. Estavas impaciente e tudo servia para ir para a boca. 1 ano depois e a dentição completa mas as coisas não deixaram de ir parar à tua boca.Já te rias como uma perdida com todos os disparates que te faziam e continuas a ser agora tão simpática e afável como eras naquela altura.

Faz hoje um ano soprámos velas em dois bolos, porque tivemos de dizer adeus à tua bisavó e ninguém teve folêgo de soprar velas nessa altura. Depois veio mais um bolo e um pequenino só para mostrar que estávamos (e continuamos a estar) todos lá. Este ano felizmente é só num.

Foi também à um ano que festejámos os teus 6 meses de conquistas. E foi também à um ano que o nosso mundo ruiu. E nada voltou a ser como era. Às vezes é preciso sentirmos que perdemos tudo para conseguirmos ver com clareza o muito que temos, e nessa altura tudo fica mais fácil. Calmamente encontrei o meu caminho ao teu lado, e desde então sou feliz.

Fraldas para AS bebés!

Estas já estão prontas! Fraldas bonitinhas para o passeio! Esta tem um leão de feltro aplicado na fralda e uma fita de viés com leões e bolas. A fita foi cosida com ponto de zig-zag.

Nesta comecei ao contrário! Primeiro comprei a fita de viés e depois tentei fazer um boneco parecido. E resultou! Na mesma a aplicação em feltro e a fita de viés cosida com o ponto zig-zag.
Esta é mais simples. O estampado vem já na fralda e a unica coisa que acrescentei foi a fita de viés no tom mais escuro da fralda, igualmente cosida em zig-zag.

Mais para breve.

E temos mais uma menina!

Já posso voltar à quase tranquilidade dos dias. Depois de uns dias em profundo estado de ansiedade lá chegou a tão esperada definição em falta: É uma menina!

E vai-se chamar Carolina. Parabéns à mamã desta jóia.

São mais duas meninas a acrescentar ao circulo social da Mafalda, uma prima direita e uma prima "torta"!

Contínuo com alguma pena do Eduardo... Tanta gaja para aturar! Não vai ser fácil, não não.

Eu fiquei contente com a noticia. Claro que se fosse rapaz também tinha ficado. Mas para quem gosta de fazer coisas sabe bem que com as meninas as possibilidades são quase infinitas. Já com os meninos...

Mas verdadeiramente importante é que as duas princesas cheguem de perfeita saúde e que as duas mamãs tenham uma horinha pequenina e ligeira como a minha. E não pedindo demais que sejam duas meninas calminhas e com poucas cólicas para as mamãs terem algum, ainda que pequenino, descanso.

Eu cá continuo entretida, entre mantas, lençóis e fraldas para as duas pequeninas mas queria mais tempo para conseguir fazer todas aquelas coisas que queria já ter feito para a Mafalda.

E se por um lado quero que o tempo passe rápido, para sentir de perto estes bebés (tenho tantas saudades!) por outro quero mais tempo para poder fazer tudo o que tenho a fervilhar no caldeirão das ideias.

Mas tudo a seu tempo.

Porque é que o fim de semana só tem dois dias?

Continuo inconformada com esta história das coisas boas estarem destinadas a durar pouco. Será que em algum ponto da história conseguiremos mudar esta tendência? Quero fins de semana com mais dias, porque os fins de semana são bons para brincar e matar saudades.

Este então foi perfeito, ou quase se não tivesse chovido. Ainda assim, com o plano de contingência em prática, brincámos e rimos muito, fizemos bolinhos e ainda tive tempo, durante as sestas de iniciar mais um projecto de costura.

As manchas da 5ª Doença já desapareceram e a Mafalda continua com a boa disposição de sempre. É claro que de vez em quando (muitas vezes :) !) Muda de humor e lá vêm aquelas birras sem sentido nenhum mas que servem lindamente para ela me mostrar quem é e também para se aprender a conhecer. Não há nada de errado em testar os limites, desde que existam limites. E ela está a aprende-los. Continua meiga como só ela sabe ser, embora a maior parte do tempo seja uma tola que não consegue estar quieta. E com tanta correria e agitação acaba por fazer os maiores disparates.Este vai ser o meu primeiro Quilt a sério. Vai ser uma manta de passeio, para as nossas manhãs e tardes no campo. Tem 14 tecidos diferentes e é um charm quilt que vi aqui. Escolhi estes tons porque são frescos e só de olhar parece que já é verão.

Cortar estes quadrados e rectangulos todos é umverdadeiro desafio e se calhar devia ter começado por algo mais pequenino... Mas não, esta acabada fica com quase 2 metros para cada lado. Mas acho que vai ficar o máximo. A sorte é que tive uma ajuda preciosa nesta fase de cortar, senão ainda só ia no primeiro tecido!
E para dar energia e adoçar a boca e não só uns bolinhos de uma receita que remonta à minha infância, mais própriamente ao livro da 4ª classe da minha irmã. Não sei porque mas continuo a gostar tanto deles agora como gostava quando era pequenina... Pois, a Mafalda também gostou!
Pena mesmo é que o fim de semana só tenha 2 dias, porque este fim de semana, para mim, podia ter durado para sempre.

Quinta Doença - One down, Two to go!

Depois de uma semana super atribulada, ainda antes do fim de semana no campo, cheia de tosses e febres e antibióticos, daquelas coisas que os médicos dizem que são viroses mas que não sabem bem qual das viroses é, finalmente, eis que se chega ao conhecimento. Afinal o virus é mesmo parvo. Eu já tinha desconfiado mas como não sou de sair por aí a baptizar as coisas...

De regresso à escola na segunda feira e mal tinha passado a hora do almoço e recebo aquela chamada que nenhuma mãe gosta de receber. Novamente febre. Mais uma corrida ao pediatra para perceber porque raio é que ela tinha febre desta vez. Esperar 24 horas por novos sintomas e ao raiar da manhã lá estão elas. Manchas na cara, ao estilo das velhas bolachadas valentes. Olhares menos atentos julgarão por certo que esbofeteei a minha filha até à exaustão. Mas não, não fui eu. Foi o parvovirus. Mais uma horas e lá estão as manchas por todo o lado. Respiro de alivio. Se se vê é porque se sabe o que é. Melhor assim. Agora é esperar que passe, só esperar. Nada de cuidado. A boa disposição de sempre.

Procuro então o que é isto da Quinta Doença. Ingenuidade de primeira mãe. A internet esclarece a curiosidade que o médico não é capaz. (Eles devem achar que nós não queremos saber).

Assim descubro que o Parvovirus é um virus pertencente à familia Parvoviridae linear, e é dos mais pequenos encontrados até hoje, daí chamar-se Parvo (do latim parvus - pequeno). Em particular a estirpe que provoca esta doença é a B19. Existe uma estirpe para cada espécie de mamifero e não são contagiosas entre espécies.

É a chamada Quinta Doença ou eritema infecioso. Julgo que por falta de originalidade, também existe a sexta doença que é também conhecida por exantema súbito. Deve ser dificil continuar a inventar nomes para as doeças provocadas pelos virus desta familia. Assim e por ordem numérica: Sarampo, Rubéola, Varicela, Escarlatina, Quinta Doença e Sexta Doença. Pertencem todas ao grupo das doenças exantemática infantis. Têm em comum, entre as suas manifestações características e como principal fenómeno, um exantema, ou seja, a erupção de pontos ou manchas e outras lesões na pele. Embora algumas destas doenças se possam manifestar noutras idades, afectam essencialmente as crianças - por isso, o sarampo, a rubéola, a varicela, a escarlatina, o eritema infeccioso e o exantema súbito são considerados como típicas doenças exantemáticas infantis. O facto de estas doenças serem tão comuns na infância deve-se à especial sensibilidade que os bebés têm ao ataque dos respectivos agentes causadores, determinados vírus e bactérias, mas especialmente devido ao facto de estes micróbios serem extremamente contagiosos e facilmente transmissíveis tanto por via aérea como através do contacto com pessoas ou objectos contaminados.

A Quinta Doença ou Eritema infeccioso é transmitida de forma directa por via aérea e afecta, sobretudo, as crianças de idades compreendidas entre os 5 e os 14 anos. Mas existem situações atípicas em que pode acontecer mais cedo ou até em adultos. É também frequente ocorrer em grupos de crianças em creches e escolas.
Após um período de incubação de duas semanas, evidencia-se através de manifestações gerais não muito graves, como por exemplo febre moderada, problemas gastrointestinais, dores nas articulações e um exantema típico, uma erupção cutânea que se evidencia nas bochechas através da formação de manchas cor de rosa ou vermelhas que se vão irradiando até revestirem praticamente todo o rosto, à excepção do queixo e da ponta do nariz. A erupção difunde-se, ao fim de pouco tempo, ao pescoço, tronco e membros (à excepção das palmas das mãos e das plantas dos pés), persistindo uma ou duas semanas até acabar por desaparecer de forma espontânea, à semelhança dos restantes sinais e sintomas, sem originar complicações.

E é isto. Agora tenho uma Mafaldinha cheia de manchas mas felizmente bem disposta. Só é preciso deixar passar e preparar o coração para as outras, pelo menos para a varicela e para a escarlatina que não tem vacina no Programa Nacional de Vacinação!

Tenho é algum receio de também ter apanhado esta coisa... Será que sou imune?

Para variar... o campo!

Um fim de semana no campo, para relembrar cheiros e cores. Também para conhecer bébes de outras espécies e correr sem rumo e sem restrições.
Conhecer as origens e reaprender caras e costumes. Descansar muito e respirar o ar puro, longe da civilização.

Parar por uns momentos e sentir apenas o vento a passar nas orelhas e ouvir apenas o barulho do campo. Nem um só vestigio de cidade.

Às vezes é preciso.

Pena não poder parar o tempo naquele aqui e agora para prolongar um pouco mais o prazer de sentir e viver o verde do campo e o arco iris das cores.